Trindade Conceitual
Os
conceitos que temos sobre a vida e o mundo são no geral derivados de
três “situações”: Nosso desejo do mundo ser como nós gostaríamos que
fossem; O conceito que outras pessoas nos passaram sobre o mundo como
ele “supostamente” é; E o mundo como ele realmente é.
Pouquíssimas
são as pessoas que mantiveram a clareza de pensamento e simplicidade no
olhar para perceber o mundo como ele realmente é. Na grande maioria das
vezes, na maioria dos conceitos que adotamos como autênticos, trata-se
dos outros dois casos, de como gostaríamos que o mundo fosse
(auto-engano ou auto-ilusão) e como nos dizem que é (engano ou ilusão
induzido).
Comumente
essas três origens conceituais se misturam sem que nós percebamos.
Mantivemos a percepção para alguns atributos da vida (alguns para umas
situações, outros para outras), assim como também somos enganados pela
nossa mente (lembrem-se, a mente, mente) e nossos desejos em relação à
natureza da vida. Também somos induzidos frequentemente a acreditar o
que outros tentam nos fazer acreditar.
Qual
o interesse das outras pessoas em tentar nos enganar? São muitas as
motivações, alguns fazem por interesse (de que acreditemos e venhamos a
agir de certa forma), enquanto outros também estando enganados desejam
convencer mais pessoas do seu engano, pois isso passa uma ilusão de
autenticidade para a mentira.
Somente
os iniciados nos mistérios da vida, os ilustres e raros seres humanos
que “passaram para a próxima etapa da evolução”, conhecidos como
Iluminados, ou Budas, é que conseguem ver o mundo como ele realmente é
(sendo esse o significado de iluminação e clarividência, ou seja, ver
com clareza, iluminar a mente e a compreensão).
Enquanto
não chegamos neste estágio só nos resta lutar contra nossa própria
ignorância e através da mais simples e sincera observação, nos
esforçarmos para cada vez mais compreendermos o propósito de tudo que
existe, assim como o de nós mesmos.
Como muito bem nos alertou o Buda Sidharta: “Se aprendêssemos a observar a natureza, não necessitaríamos de livros.”
CAMOS
Comentários
Postar um comentário