Mal necessário


A mitologia Judaico/Cristã deturpada pela igreja romana originou a crença fantasiosa de uma entidade totalmente maligna, responsável por todos os nossos infortúnios.

Em verdade não existe o mal, mas somente o lado negativo da existência manifestada, o Eterno Feminino, YIN, que por muitos séculos foi negado e condenado no ocidente, caindo a culpa nas mulheres como sendo responsáveis pelo pecado original.

No princípio havia somente as Trevas (o totalmente desconhecido e imanifestado), então fez-se a Luz (principio ativo da manifestação, Masculino) e dele originou-se (ou derivou) a Sombra (conseqüência da Luz, o lado negativo, Feminino), tendo aí portanto os dois princípios necessários para que ocorra a manifestação (universo tangível em que habitamos), que são opostos e complementares.

Um não é possível sem o outro, já que não existe Luz que não emita Sombra e não pode haver Sombra sem a emissão de Luz.

Bem e mal são relativos, sujeitos a interpretação, necessários um ao outro. O princípio masculino (representado pelo Sol, podemos chamar de espiritual, ou Luz) energiza, acalenta, aquece, porém também pode nos queimar, destruir, se não houver seu oposto complementar, a Mãe receptora, a natureza material (representada pela Lua), esta é fria e parece insensível, através das areias do tempo devora e desintegra seus filhos, transformando-os em adubo, alimento para si mesma, podendo assim dar continuidade ao ciclo da vida.

Como nos diz o Budismo, entre esses dois gigantes invencíveis, o caminho mais sensato para se trilhar é o do meio, o equilíbrio entre essas duas forças. Pois excesso de Luz cega, queima, enquanto que só a Sombra nos congela, consome, devora (materialismo) .

Saibam todos, que no dia em que uma dessas forças cessar de existir, será o fim de tudo que existe, o dia do juízo final, quando todas as coisas voltarão a sua origem (ao nada, Trevas, imanifestado, sono cósmico).

CAMOS

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