sobre Magia Negra
Desde
a antiguidade até os dias de hoje que se houve falar dos poderes e
perigos da magia negra. De Eliphas Levi a Helena Blavatsky, todos os
grandes autores do ocultismo citaram está como sendo a mais terrível,
poderosa e perigosa das ciências humanas.
Mas o que seria afinal a magia negra? Será que ela realmente existe?
Em
nosso tempo, onde a questão da igualdade étnica é tão debatida, este
termo pode ser erroneamente interpretado como preconceituoso, dando a
entender que a cor negra seria inferior a branca. Pessoalmente já vi
sacerdotes de religiões afro-brasileiras suporem que o termo havia sido
criado para discriminar as práticas de suas liturgias. Esta é uma
afirmação totalmente desprovida de fundamento, já que o termo é muito
mais antigo do que qualquer religião brasileira.
Mas
então porque utilizar a palavra “negra” para se referir à parte
tenebrosa da magia? Sendo a Magia em verdade a ciência mais pura e
eficaz que existe, elucidarei esta questão abordando as características e
diferenças científicas das cores branca e preta. Sabe-se que cor é luz,
ou sendo mais específico, a cor é a interpretação que o cérebro humano
dá aos diferentes comprimentos de ondas luminosas. Enquanto o branco é a
luz pura, o preto é ausência de luminosidade.
Mas
e qual a relação de tudo isto com a magia? Porque a diferenciação entre
preto e branco? Isto é devido à característica dos dois tipos de magia,
assemelhando-se a dinâmica das cores. Se sairmos no sol utilizando uma
vestimenta branca, as ondas luminosas serão rebatidas pela nossa roupa
(por isso o olho humano identificará aquela cor como sendo branca),
enquanto se utilizarmos a cor preta, as ondas luminosas serão absorvidas
pelo tecido e por sua vez convertidas em calor (já que na natureza nada
se perde, tudo se transforma).
Portanto
a diferença básica entre magia branca e magia negra é que a primeira é
direcionada para fora, ou seja, para os outros, doação, é a magia
altruísta, enquanto a segunda é aquela onde o praticante se transforma
em uma espécie de vórtice absorvendo os benefícios de seus atos para si
mesmo, absorção, é a magia egoísta, oposta à primeira.
Há
também a interpretação de que sendo luz sinônimo de conhecimento em
alguma tradições, a magia branca seria a magia do esclarecimento,
enquanto a negra da ignorância. Porém esta segunda interpretação não é
totalmente correta, já que o Mago Negro não é um ignorante, podendo
possuir tanto ou mais conhecimento que o Mago Branco, só que o utiliza
para fins opostos.
Nenhuma
dessas duas práticas deve ser confundida com feitiçaria, sendo esta sim
a magia da ignorância, podendo ser praticada por qualquer tolo e como
diria Eliphas Levi: “realizando verdadeiros milagres quando apoiada pela
credulidade dos imbecis”. Feitiços são somente receitas prontas que
podem ou não funcionar, normalmente o praticante não tem noção real de
seus efeitos, muito menos de seu funcionamento.
Portanto
existe a Magia Negra e este termo não é incorreto de ser utilizado, sua
prática exige tanto preparo quanto qualquer outro tipo de magia e/ou
ciência. O único conhecimento a mais que o Mago Branco possui em cima do
Mago Negro, é que o segundo não percebeu que sendo toda a humanidade
fragmentos de uma unidade original, agir pelo todo é agir a favor da
evolução, do progresso, enquanto que qualquer prática contrária só nos
leva ao atraso evolutivo.
CAMOS
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