a Árvore da Vida
Em
muitas culturas diferentes encontramos o signo universal da “árvore da
vida”. Entre os escandinavos era chamada de Yggdrasil, na cabala é
formada pelas dez Sephiroth. Na bíblia ela é uma das duas árvores que
Deus colocou no centro do jardim de Éden, na África encontraremos
novamente este símbolo em Moçambique.
Mas porque uma árvore? Para compreendermos isto devemos pensar nas particularidades desta planta.
Primeiro:
Do que a árvore se alimenta? Daquilo que para nós (e outras formas de
vida), são dejetos. Isto nos remete ao princípio de que aquilo que é
lixo, ou morte, para alguns, é vida e alimento para outros. Este é o
princípio da continuidade, a “reciclagem” natural, o princípio do ciclo
da vida, sempre contínuo.
Segundo:
A árvore cresce para cima ou para baixo? Para ambos os lados. Enquanto
seu tronco e galhos almejam o céu, suas raízes se fixam e aprofundam-se
tanto quanto podem dentro da terra. Podemos fazer uma analogia com a
vida humana no sentido de que não basta tentar alçar as alturas, se não
vivemos com profundidade, só a espiritualidade não basta, é necessário a
experiência humana para termos “sustentação”, antes de querermos ser
grandes.
Terceiro:
Qual o principal propósito da árvore? Gerar frutos. Isto nos mostra que
além de toda a erudição que o ser humano pode alcançar, de toda teoria
que pode criar, de nada adianta se ela não der resultado. Pois é este
também o principal propósito do ser humano, gerar frutos através de suas
ações. Se ele não puder contribuir de alguma forma para com o todo, o
coletivo, então perde seu porque de existir.
Inúmeras
outras analogias e comparações poderiam ser realizadas, mas com estas
três podemos ter um ponto de partida para a compreensão da vida humana.
Os
dejetos que alimentam a árvore são as experiências humanas, nossos
defeitos, nossos vícios, não há como evoluir sem viver. Não fosse assim
não existiria o porquê de um ser espiritual se sujeitar a uma
experiência terrena.
Antes
de querermos crescer devemos criar raízes profundas e resistentes,
devemos compreender a existência humana, sem tentar fugir de suas
conseqüências. Uma alma superficial não se sustentaria muito tempo nas
alturas.
E
por ultimo devemos nos concentrar na qualidade dos frutos que estamos
gerando, pois se forem de má qualidade, não servirão nem para alimentar
os pássaros e muito menos para fecundar novamente o solo.
CAMOS
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