O Pai da Ilusão
Muitas
literaturas religiosas citam o grande vilão da existência, chamam-no de
o Pai da Mentira, Mestre da Ilusão, dizem que nos impede de ver a luz,
ou a verdade. A este ser cósmico já foram atribuídos muitos nomes, mas
quem realmente seria? Será que realmente existe?
Em
verdade, não se trata de um ser, mas uma condição da existência,
necessária porém que nos “engana” a todo momento, impedindo-nos de ver o
mundo como ele realmente é. Esta condição é o tempo.
Nós
(como espíritos imortais habitando corpos de carne) somos Os Senhores
do Universo, Reis do Cosmos, UNOS com Aquilo que TUDO É. Através do
nosso pensamento e da nossa vontade, podemos emitir comandos que são
obedecidos pelo nosso fiel servo, a manifestação, o que desejamos vem
até nós, o que imaginamos passa a existir.
Onde
está a ilusão? No fator que separa o sujeito que desejou do objeto
realizado, o tempo. Nós desejamos, mas o objeto de nosso desejo não vem
imediatamente, ele leva um tempo para acontecer. Nós imaginamos, mas
aquilo que imaginamos não se manifesta imediatamente, levará um tempo
para se materializar.
Quanto
tempo levará? Tudo depende da força, intensidade e persistência do
desejo, assim como de sua complexidade. Porém o fato é que somos
enganados, iludidos, Cronos (ou Saturno) cega-nos, nos fazendo crer que
não possuímos o poder que naturalmente é nosso, que é nosso legado,
nosso direito de nascença.
Para
se livrar das barreiras desta ilusão devemos desenvolver a visão de
médio e longo prazo, compreender que cada acontecimento tem o seu devido
tempo para se realizar, persistir e aguardar até seu amadurecimento.
Ao
meu ver, um dos maiores problemas da sociedade ocidental atual é a
tendência ao imediatismo, queremos tudo para já, muitas vezes abortando
nosso desejo antes de sua realização, ou fazendo com que nasça
prematuro, não sobrevivendo as intempéries da vida.
CAMOS
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