Responsabilidade Mediúnica
Segundo os amigos que
participaram e fizeram seu relato no final, o estudo realizado antes da reunião
chamava a atenção sobre o mesmo tema da psicografia recebida. As mensagens lidas
antes do início da reunião também estavam dentro do mesmo contexto, bem como, a
comunicação do Mentor no final dos trabalhos, do mesmo modo fazia menção a
questão médiuns e mediunidade. Além de alguns médiuns que perceberam e
comentaram a presença de diversos médiuns do plano espiritual, médiuns
que fracassaram, trazidos em especial para atender a reunião dessa noite,
fortalecendo a importância do assunto a ser refletido por todos
nós.
Quem desejar imprimir, ler e
estudar a mensagem, segue em anexo também.
Responsabilidade
Mediúnica
Os
médiuns carregam consigo responsabilidades das quais não podem olvidar-se
simplesmente. Uma mediunidade bem dirigida, concederá aos médiuns conscientes do
seu papel: serenidade para enfrentar as perseguições, equilíbrio para desviar-se
dos estados tumultuosos pelos quais muitos médiuns sucumbem, domínio sobre si
mesmo, evitando ser controlado pelas tramas das sombras, fé para sustentar as
lutas da caminhada, humildade para escapar das ilusões da vaidade, verdade para
fugir dos embustes dos "falsos profetas", educação e responsabilidade para a
segurança necessária ao longo da tarefa.
Um
intricado e afetuoso trabalho preparatório é realizado pelos protetores
espirituais com cada médium, dando-lhes as qualidades requeridas junto ao corpo
físico para que tenham condições favoráveis na execução das tarefas que lhe
foram ajustadas, contudo, no espaço, têm-se constatado, por norma geral, que
muitos poucos são os médiuns que triunfam junto as tarefas que abraçam, a grande
maioria fracassa lamentavelmente, não obstante, as reiteradas advertências, os
frequentes auxílios e assistências vindas do
Alto.
O
médium representa um elo entre o invisível, uma ponte por onde informações
transitam, sendo ele, o médium, o responsável direto por toda e qualquer
informação que traga a público, respondendo pela boa ou má divulgação das
mensagens filtradas por ele.
Primeiramente, o médium deve preparar-se para o curso dos
trabalhos que espera dele os maiores esforços e desdobrado amor. Ele tem, como
co-participante de uma tarefa em grupo, a grande responsabilidade de manter o
ambiente de trabalho livre dos miasmas comprometedores do equilíbrio e da
serenidade. O espaço reservado a uma reunião mediúnica recebe assepsia
mui cuidadosa, técnicos especialistas encarregam-se de manter essa câmera
em constante harmonização e limpa de fluidos prejudiciais. Os médiuns quando a
adentram, ligam-se por uma corrente vibratória, representando cada qual um elo
dessa cadeia, devendo cada um zelar pelas energias opimas e elevadas da
atmosfera de trabalho. Se algum médium, através de pensamentos egoístas, fixados
em sentimentos mesquinhos, faz com que a ambiência decaia na emanação energética
que dela se espera, a esse médium falta a devida educação e responsabilidade
junto a tarefa abraçada.
Dificilmente se pode avaliar a extensão dos ganhos,
proveitos e benefícios que se obtém junto ao trabalho da boa mediunidade. Da
mesmíssima forma, os embaraços, as idéias, as impulsões estranhas e confusões
conceptuais implantadas pelos médiuns obstinados, levam tempo para serem
percebidos na verdadeira extensão dos prejuízos que causam na Casa Espírita.
Este dom de Deus não foi concedido ao médium para seu
deleite, mas com o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer
aos homens a verdade, somente a verdade. Se o médium não tem certeza do que
obtém através da sua filtragem, que abstenha-se em divulgar meia-verdades, ou
mesmo, de arremessar ao ar mensagens de caráter conflituoso, oriundas de mentes
descompromissadas com a veracidade. Aos médiuns, cabe saber qual a
sua tarefa evangélica, tornando os subsídios profícuos para todos, sem
privilegiar individualidades, atuando primeiro em si mesmos, através da reforma
íntima, devendo consequentemente atuar junto à coletividade com responsabilidade
sobre o que divulguem.
Dentro do núcleo espírita os trabalhadores têm direitos e
deveres. Onde alcança e cessa o setor de um, começa o de outro. Na mediunidade
do mesmo modo, o direito de um médium termina, onde o do outro começa, sendo
essas linhas divisórias estabelecidas pela razão. Assim, é obrigação do médium
educar a sua mediunidade, para que ela, de forma alguma, interfira negativamente
na mediunidade alheia. A mediunidade não está sujeita ao médium, mas sujeita o
médium que se deixa por ela levar sem a devida educação.
Médium educado é aquele que controla os ímpetos da
entidade comunicante, fazendo o papel do bom mediador, passando a mensagem sem a
necessidade de tomar para si as manifestações de desequilíbrio e desrespeito,
próprias da realidade das criaturas atendidas numa mediúnica.
´
Médium seguro é aquele que recebe com naturalidade as
comunicações, que sabe controlar-se, distinguindo os fluidos e entidades
comunicantes, que passa a comunicação com clareza, sem recalques e
personalismos, de forma compreensiva e dentro dos preceitos cristãos.
Reunião mediúnica onde existe desafeto e antipatia entre
trabalhadores, tendem a degenerar em obsessões de várias ordens, prejudicando
principalmente aquela individualidade que guarde consigo rancor, mágoas e
aversões.
Sobre os médiuns terapeutas recai uma grande
responsabilidade, as suas palavras têm de estar condizentes com o seu caráter e
a sua postura de vida. Palavras vazias, que se vestem apenas do verbo sem a
vivência, são as responsáveis pelas prolongadas crises do remorso, enfrentadas
por milhares de médiuns tarefeiros nessa área de ação.
Sobre os dirigentes das reuniões recai a responsabilidade
com os rumos da tarefa, a atenção redobrada no concurso das individualidades sob
a sua orientação, mesmo com a intimidade dos processos, fazendo preleções
constantes, focadas nos diferentes aspectos dos trabalhos, ressaltando a conduta
que os médiuns devem manter durante a reunião, preparando-se para reconhecer o
que deve ser coibido e o que deve ser estimulado junto a cada médium,
bem como, estar atento para afastar entidades que queiram somente
perturbar o andamento dos trabalhos, agindo com discernimento e prevenção
sempre.
O
dirigente deve ao mesmo tempo, estar atento à formação do bom ambiente antes das
reuniões, exigindo dos trabalhadores o silêncio e a mais perfeita serenidade,
fazendo-se ele próprio um exemplo de concentração e equilíbrio, tomando os
devidos cuidados para que não se formem castas e que a nenhum médium seja dada
notoriedade e distinção acima dos demais. No serviço junto ao Cristo somos todos
operários imperfeitos e de igual importância, todos substituíveis, mas muito
necessitados pelo coração que se revela amável e caridoso acima da importância
das próprias faculdades que possua.
Na
verdade meus irmãos, é pela verdadeira caridade que os médiuns se revelam e
atraem o concurso dos Bons Espíritos, é por esse sentimento inato, acima das
imperfeições que ainda lhe sinalizam a marcha, que eles são reconhecidos pela
Equipe Espiritual, que usa de cada um aquilo de melhor que possa doar.
Quanto ao maior encargo do médium, ele recai
invariavelmente no seu esclarecimento. Nenhum médium pode atestar desconhecer os
princípios fundamentais da boa mediunidade e de como devem comportar-se junto a
ela, para isso, antes do seu ingresso na sala mediúnica, ele tem o concurso da
educação mediúnica e as Obras Basilares do Espiritismo para guiá-lo. Sem
entregar-se a eufemismos e projeções de donos-da-verdade, daqueles que tudo
sabem, o estudo será sempre seu grande aliado para que a mediunidade floresça.
Bem educando-a, ela dará os frutos tão
aguardados.
Essa mensagem chega em boa hora, de tal modo que, a noite
de hoje se faz propicia as reflexões nesse sentido. Cada irmão médium ao receber
essa mensagem, traga para o cadinho do coração as palavras que lhe cabem,
fazendo, assim, que as reuniões dessa Casa, sejam mais e mais frequentadas por
médiuns educados, conscientes e bastante
Comentários
Postar um comentário